Filiado à tradição da pintura, o trabalho de Lucas Arruda é marcado pela extrapolação das formas de representação e dos sentidos produzidos pela linguagem visual. Sua pesquisa desenvolve-se especialmente a partir da revisão do conceito de paisagem; entendida em sua obra como o campo de trabalho do artista na tela, como um espaço de representação onde podem figurar o real, o abstrato e o inconsciente.
Criadas por meio de uma coesa série de pinturas a óleo, projeções de slides ou instalações de luz, suas obras demonstram uma tensão entre abstração e figuração, entre presença e vazio. São composições em tons ocres e suaves, repletas de transições e gradações de tons e de movimento, por vezes como as telas de William Turner. Porém, no trabalho de Lucas Arruda as paisagens são ainda mais etéreas, são espaços indefinidos, tênues: é impossível para o espectador identificá-los como uma representação do local, como se dá na obra de Turner.
Ganhou exposições individuais no museu Fridericianum, em Kassel (2019); nas galerias David Zwirner, Londres (2017); Indipendenza em Roma (2016); Mendes Wood DM, São Paulo (2016), entre outras. Participou de inúmeras mostras coletivas entre elas: Palais de Tokyo, Paris (2019); Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, Coimbra (2017); New Shamans/Novos Xamãs: Brazilian Artists, Rubell Family Collection, Miami (2016); Edition VIII, La Réserve Paris (2013).