Sobre

1913, Kyoto, Japão - 2015, São Paulo, SP, Brasil

Tomie Ohtake nasceu em Kyoto, no Japão, e chegou ao Brasil já adulta, em 1936. Começou a pintar aos 39 anos de idade, incentivada pelo artista japonês Keiya Sugano. Ao longo de uma carreira extensa, produziu pinturas, aquarelas, desenhos, gravuras e esculturas, além de obras públicas. Seus trabalhos remetem à leveza e à precisão técnica da arte japonesa, com sóbrios jogos cromáticos e composições equilibradas. Sua poética se assenta na importância de espaços vazios, na ausência de ornamento e na obstinação da pesquisa pictórica.  

Tomie construiu uma obra marcada por elementos simples e pela contínua retomada de temas, cores e composições. Sem nunca se filiar a nenhuma corrente artística, tratava a pintura como meio de representação de um momento de reflexão. Tomava a tela como objeto real, um campo de matérias e texturas, e criava obras que abordavam temas intangíveis, como luz, equilíbrio, sombra e movimento.No final da década de 1950, chamou atenção da crítica e de colecionadores após a exposição de algumas de suas obras no MAM São Paulo. Participou do Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro e foi indicada ao Prêmio Leirner de Arte Contemporânea. Naquela ocasião, já era considerada uma artista consagrada no meio da pintura. 

A artista participou de inúmeras exposições individuais, coletivas e salões de arte, tanto no Brasil quanto no exterior, e recebeu diversos prêmios. Destacam-se as participações em seis edições da Bienal de São Paulo (1961, 1963, 1967, 1989, 1996, 1998); na 36ª Bienal de Veneza (1972); na 1a Bienal de Havana, em Cuba (1984); e, recentemente, na 60ª Bienal de Veneza, Foreigners Everywhere, com curadoria de Adriano Pedrosa (2024).  Sua obra integra acervos de instituições como MoMA, Estados Unidos; SFMOMA, Estados Unidos; MASP, Brasil; Pinacoteca de São Paulo, Brasil; MAC USP, Brasil; MAM Rio, Brasil; Itaú Cultural, Brasil; Museu Nacional de Belas Artes, Brasil, entre outras. 

Obras