Sobre

1947, Cuiabá, MT, Brasil
Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Pintor, desenhista e gravador com mais de 40 anos de carreira, Victor Arruda faz parte de uma geração de artistas que despontou no Rio de Janeiro entre as décadas de 1970 e 1980. Com uma extensa produção, o artista condensa múltiplas influências da história da arte, de histórias em quadrinhos, do cinema, da cultura pop e de grafites encontrados em banheiros masculinos. Esse ecletismo visual marcante de seu trabalho sinaliza uma crítica feroz ao formalismo e às convenções sociais que organizam e, muitas vezes, reprimem a constituição de identidades individuais e coletivas.  

Em sua pintura, lança mão de uma poética crua e contundente, elaborando uma crítica feroz contra a hipocrisia, o abuso de poder e a presença velada, na sociedade, de preconceitos em relação às questões de gênero e sexualidade. Arruda se destacou pela criação do grupo Tato e Contato, responsável pela instalação do primeiro ateliê de Arte Livre destinado a crianças, na Funabem. 

Victor Arruda despertou grande interesse da crítica de arte com sua pintura figurativa, marcada por uma abordagem cômica e de tom expressionista, qualidades destacadas por importantes curadores, como o italiano Achille Bonito Oliva, um dos responsáveis por situar Arruda no panorama da transvanguarda internacional. Neste sentido, destacam-se suas participações em mostras de arte brasileira no exterior, como a Bienal Internacional de Cuenca, no Equador (1989) e a Bienal Internacional de Arte de Valparaíso, no Chile (1994). 

Participou de importantes exposições coletivas, como o 7º Salão de Verão do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1975) e 25º Salão Nacional de Arte Moderna (1976). Desde o final da década de 1970, participou de diversas exposições coletivas e realizou mostras individuais na Escola Visual de Artes do Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil (1986); Studio d’Arte Giuliana de Crescenzo, Roma, Itália (1988); MAM Rio de Janeiro, Brasil (1993), entre outras. Em 1989, pintou o painel do foyer do teatro do Memorial da América Latina, a convite de Oscar Niemeyer.  

Entre suas mostras mais recentes, destacam-se: Examining Myself and Others: Victor Arruda e Carroll Dunham, na Almeida & Dale (2024); a retrospectiva Temporal, Paço Imperial, Rio de Janeiro (2022); e MAM Rio de Janeiro, Brasil (1993 e 2018). Sua obra faz parte de coleções como do MAM Rio de Janeiro, Brasil; Fundação Serralves, Portugal; Museu de Arte do Rio, Brasil; entre outras.

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