
Vista da exposição
Foto: Everton Ballardin

Nelson Felix
Watteau, 2016
Esferográfica, mapa, bronze e linho
54 x 34 x 6 cm
Foto: Everton Ballardin

Nelson Felix
Pétala, 2017
Mármore e bronze
Dimensões variadas
Foto: Everton Ballardin

Nelson Felix
Escultura de caule II, 2017
Mármore e bronze
150 x 600 x 45 cm
Foto: Everton Ballardin

Nelson Felix
Rosa, 2016
Rosa, bronze e mármore carrara
110 x 22 x 22 cm
Foto: Everton Ballardin

Nelson Felix
Cubopetala ou escultura para Bernini, 2017
Mármore e bronze
90 x 90 x 110 cm (cubo)
Foto: Everton Ballardin

Vista da exposição
Foto: Everton Ballardin

Vista da exposição
Foto: Everton Ballardin

Nelson Felix
Desenho vertical II, 2017
Lacre e bronze
204 x 72 x 12 cm
Foto: Everton Ballardin

Nelson Felix
Desenho Lacre diptico, 2017
Lacre, bronze e aço
240 x 337 x 30 cm
Foto: Everton Ballardin

Nelson Felix
Mapa Sta Rosa II, 2017
Esferográfica, mapa, agulha, aço e bronze
220 x 56 x 16 cm
Foto: Everton Ballardin




A Galeria Millan apresenta, entre 19/4 e 20/5, exposição inédita de Nelson Felix “Variações para Cítera e Santa Rosa”. A mostra, que ocupa os espaços da Galeria e do Anexo Millan, reúne esculturas e desenhos que refletem as ações do quarto trabalho da série Método poético para descontrole de localidade, iniciada em 1984.
“O Método poético, como expressa o título, visa traduzir uma ideia de espaço, de construção poética, que amalgama locais por meio do desenho e ações semelhantes”, explica o artista. Como uma ópera e seus atos, as três obras anteriores – 4 Cantos, Um Canto Para Aonde Não Há Canto e Verso –, foram realizadas em Portugal (2007/08), em Brasília (2009/11) e São Paulo (2011/13). E agora o quarto trabalho na Galeria Millan e no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, simultaneamente.
“Como nos livros de poesia moderna, em que desenhos ou gravuras criavam uma relação entre texto e imagem, o Método possui um processo similar. Nesse sentido, esculturas, desenhos, ações, fotografias, vídeos e deslocamentos ilustram um texto, formando uma noção de lugar, que submete-se a um desenho no próprio globo terrestre”, revela Nelson Felix.
Em Variações para Cítera e Santa Rosa, como no projeto no MAM carioca, Nelson Felix elege o poema de Mallarmé Um Lance de Dados Jamais abolirá o Acaso para desestruturar a ideia de um só espaço expositivo. Partindo desse princípio, ele lança um dado, com o número seis em todas as faces, sobre um mapa-múndi, em uma data e hora estabelecidas e em um local incidental do curso de uma estrada. O dado, jogado, define seu acaso, não mais pela aleatoriedade do número, mas sim pela aleatoriedade de sua posição indicada sobre o mapa. Com isso, o artista viaja a Cítera, ilha jônica grega e a Santa Rosa, no pampa argentino.
Serão expostos na Galeria e no Anexo Millan dezoito desenhos (em lacre, mármore, planta, cabo de aço, bronze e tecido) e sete esculturas (em mármore de carrara, bronze, planta e tv), que remetem ao poeta francês e aos espaços percorridos pelo artista. “Existe hoje um entrecruzamento de fatores físicos e não-físicos acoplados ao entorno da arte, fatores como: informações, significados, história, hierarquia, tempo etc.; o nosso espaço atual, pelo menos em arte, não é mais tão limpo. Neste quarto trabalho, como nos anteriores, também reúnem-se ambientes externos e internos, mas seu interesse encontra- se nos múltiplos significados criados no próprio sítio da exposição”, conclui o artista.
São Paulo SP Brasil | 05416-001
São Paulo SP Brasil | 05416-001