
Tarsila do Amaral, A Feira II, 1925
A Royal Academy of Arts, em Londres, apresenta a exposição Brasil! Brasil! O Nascimento do Modernismo, que reúne mais de 130 obras de dez importantes artistas brasileiros do século XX. Localizada nas Main Galleries do Burlington House, a mostra proporciona ao público uma visão ampliada e diversa do modernismo brasileiro, que surgiu entre as décadas de 1910 e 1970.
Inspirados por tendências contemporâneas e influências internacionais, artistas brasileiros criaram uma linguagem moderna profundamente enraizada na riqueza cultural, nas identidades e nas belas paisagens do país. As obras retratam a vida cotidiana no Brasil, abordando temas como a identidade indígena e a experiência afro-brasileira, além de explorar a conexão com tradições locais.
Esse novo movimento modernista olhou para dentro, aproveitando os recursos culturais do Brasil para traçar um caminho único que influenciou outros países da América do Sul. A exposição inclui artistas que foram fundamentais para o movimento modernista no Brasil, muitos deles com pouca visibilidade no Reino Unido.
Entre os destaques estão: Anita Malfatti, pioneira do modernismo no Brasil; Tarsila do Amaral, celebrada como uma das maiores artistas modernistas do mundo; Alfredo Volpi, autodidata com obras marcantes no uso de cores e formas geométricas; Djanira da Motta e Silva, de ascendência indígena e reconhecida por suas representações da vida brasileira; Rubem Valentim, importante figura afro-brasileira que trouxe simbolismos culturais para sua arte; Flávio de Carvalho, artista performático inovador.
A maior parte das obras vem de coleções particulares brasileiras raramente vistas, além de importantes acervos públicos do Brasil. Esta será a primeira vez que muitas dessas peças serão exibidas no Reino Unido, oferecendo uma oportunidade única para o público britânico conhecer a riqueza e a diversidade do modernismo brasileiro.
A exposição é organizada pelo Zentrum Paul Klee, de Berna, na Suíça — onde foi exibida em 2024 — itinerando agora para a Royal Academy of Arts, em Londres, instituição parceira na organização do projeto.
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