Anish Kapoor é um dos escultores mais influentes de sua geração. É amplamente conhecido por suas esculturas públicas em grandes dimensões, que chamam a atenção tanto pela forma como pela complexa engenharia de sua construção. Kapoor trabalha com escalas muito diferentes em suas inúmeras séries de trabalho: imensas placas de PVC esticadas; espelhos côncavos ou convexos cujos reflexos atraem e engolem o espectador; reentrâncias esculpidas em pedra e pigmentadas para desaparecer. Os vazios e saliências de suas peças evocam polaridades metafísicas profundas como presença e ausência, ocultação e revelação. As formas se contorcem e se voltam do avesso e os materiais não são pintados, mas impregnados de cor, como que para negar a ideia de uma superfície externa, convidando o espectador para os confins da imaginação. As formas geométricas de Kapoor do início dos anos 1980, por exemplo, erguem-se do chão e parecem ser feitas de puro pigmento, enquanto as esculturas mais recentes como as de cera viscosa e vermelho-sangue – cinéticas e autogeradoras – escancaram suas próprias superfícies e perturbam, visualmente, o silêncio do ambiente onde estão. Conceitualmente, sua obra evoca ressonâncias com mitologias do mundo antigo – indiana, egípcia, grega e romana – e com os tempos modernos.
Nascido em Mumbai, na Índia em 1954, Anish Kapoor vive e trabalha em Londres, Inglaterra. Ele representou a Grã-Bretanha na 44ª Bienal de Veneza em 1990 com Void Field (1989), pelo qual foi premiado com o Premio Duemila de Melhor Artista Jovem. Também ganhou o Prêmio Turner em 1991, sendo ainda premiado com um CBE em 2003 e um Knighthood em 2013 por serviços às artes visuais. Projetos públicos de grande escala incluem Cloud Gate (2004) no Millennium Park, Chicago, EUA e Orbit (2012) no Queen Elizabeth Olympic Park, Londres, Reino Unido e Ark Nova (2013), a primeira sala de concertos inflável do mundo, no Japão.
Entre suas muitas exposições individuais dos últimos anos, destacam-se: Gallerie dell'Accademia di Venezia e Palazzo Manfrin, Itpali (2022); Modern Art Oxford, Reino Unido (2021); Pinakothek der Moderne, Alemanha (2020); Central Academy of Fine Arts Museum and Imperial Ancestral Temple, China (2019); Museu Serralves, Portugal (2018); Museo Universitario Arte Contemporáneo (MUAC), México (2016).
