As esculturas de Bruno Giorgi revelam uma cuidadosa pesquisa sobre a temática e os personagens tipicamente brasileiros. Sua obra caminhou gradualmente da simplificação estrutural da figura humana, no início da carreira, para uma estilização própria dos corpos que se tornou característica de sua produção.
Em trabalhos como Candangos (em Brasília), observa-se a consolidação da figura humana estilizada de Giorgi: a redução da silhueta a seus contornos essenciais; e os troncos e membros das figuras alongados continuamente no espaço estabelecem um jogo de figura e fundo, cheios e vazios, entre a escultura o espaço onde ela se encontra. Em suas composições totalmente abstratas, como Meteoro (instalada no Jardim de Palácio do Itamarati) o artista busca a integração entre sua escultura e as linhas racionais da arquitetura moderna.
Possui obras em espaços públicos como Monumento à Juventude Brasileira (1947), nos jardins do antigo Ministério da Educação e Saúde (MES), atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro; Candangos (1960), na praça dos Três Poderes, e Meteoro (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; e Integração, 1989, no Memorial da América Latina, em São Paulo.