A família Visconti chegou ao Brasil em meados de 1870 e instalou-se no Rio de Janeiro, onde Eliseu estudou no Liceu de Artes e Ofícios e posteriormente na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1892 recebe o primeiro prêmio de viagem ao exterior concedido pela República e estuda na École Nationale et Spéciale des Beaux-Arts em Paris. Na Europa, interessa-se especialmente pela obra dos Renascentistas Italianos e pelo Simbolismo, influências que se fazem presentes em sua produção.
Como outros artistas modernistas do Brasil, sua obra dialoga com tendências internacionais do fim do século XIX e início do século XX. Interessado no diálogo entre arte e industrialização para a construção de um mundo moderno, realiza projetos com objetos de ferro, cerâmica, marchetaria, vitrais, estamparia de tecidos e papel de parede, os quais apresenta em suas exposições individuais.
Vivendo entre França e Brasil desde 1903, cria o ex-libris para a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro; quando vence um concurso para selos postais e cartas-bilhetes. A convite do prefeito Pereira Passos, cria a decoração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A obra mostra um desfile de artistas, músicos e poetas de várias épocas, estrangeiros e brasileiros com o compositor Carlos Gomes à frente. A influência do Simbolismo, evidente na proliferação de imagens alegóricas como dançarinas vestidas com panejamentos de aspecto etéreo é complementada com uma estética impressionista, marcada por cores mais claras e luminosas. Experimenta também o pontilhismo, especialmente na criação de ricas texturas, como no quadro A Rosa (1909).
Na década de 1920, interessa-se pela paisagem, que se torna um de seus temas. Suas telas caracterizam-se pela delicadeza de tons e meias-tintas, por uma brilhante luz dourada e sutis transições de tons. É considerado pela crítica como um dos renovadores da pintura de paisagem no Brasil.