Ernesto de Fiori
Roma - Itália, 1884 São Paulo - São Paulo, 1945
Ernesto de Fiori viveu em Paris de 1911 até 1914, onde conviveu com artistas de vanguarda. Demonstrando um interesse especial no trabalho de mestres franceses, como Paul Cézanne e Auguste Rodin, Ernesto começa a modelar e produzir suas primeiras esculturas. Suas figuras humanas já possuíam um denso aspecto psicológico, expressado nas poses e expressões das obras.
Trabalhando como correspondente de um jornal italiano na Primeira Guerra Mundial, de Fiori elabora a ideia de que a arte deve buscar as qualidades espirituais e tratar da condição humana, assim aproximando-se da estética expressionista alemã. Estabelecido em Zurique, passa a explorar em suas esculturas a plasticidade do corpo humano, a dramaticidade e a teatralidade.
Percebendo a ascensão do nazismo, o artista deixa a Alemanha e em 1938 desembarca em São Paulo, onde rapidamente se aproxima dos modernistas brasileiros. No país se dedica à pintura, notadamente a figurativa. Pinta paisagens, florestas, fazendas e algumas cenas de queimadas. Durante a década de 1940, retrata cenas urbanas de São Paulo: ruas angulosas, transeuntes solitários e apressados, grandes edifícios e avenidas.
A contribuição de Ernesto de Fiori abriu novos horizontes no circuito artístico paulistano. Sua pintura, ao mesmo tempo figurativa e gestual, influenciou o trabalho de artistas como Mario Zanini e Joaquim Figueira, assim como as pesquisas de Alfredo Volpi.