A produção de Ernesto Neto está no limiar entre a escultura e a instalação. Sua obra se aproxima da poética de artistas como José Resende e Tunga, seja pela exploração formal e simbólica dos materiais, como pela utilização de procedimentos elementares como justaposição, combinação ou amarras.
Em sua obra Ernesto explora a plasticidade, o peso, a forma e a simbologia da matéria. Alguns materiais se tornam recorrentes e característicos da sua produção, como o tecido e a corda. Produz grandes objetos com formas sinuosas que remetem ao corpo humano, confeccionados em tecidos que se assemelham à textura e à tonalidade da pele. Pendurados no teto esses trabalhos também propõem a interação com o público. O artista cria espaços de encontro que atiçam todos os sentidos do espectador.
Ernesto Neto é um dos artistas brasileiros mais proeminentes e elogiados pela crítica nos últimos anos, e conseguiu uma significativa admiração do público em geral. Em 2019, a Pinacoteca do Estado de São Paulo apresentou uma grande mostra dedicada à sua obra.