De caráter experimental e inovador, o trabalho de Hélio Oiticica propõe uma relação de cocriação com o público, que vai além da interatividade. Suas performances, instalações e intervenções são frequentemente acompanhadas de elaborações teóricas e proposições poéticas, como textos, poemas ou comentários.
Integrante do Grupo Frente e do Grupo Neoconcreto, Oiticica começa com investigações sobre forma e cor, sob influência do pensamento construtivista na arte brasileira. Nessa fase, seus trabalhos passam desocupar o espaço bidimensional e tomam o espaço, transformando-se em instalações. Começa a criar e agrupar objetos, capas, estandartes e tendas em conjuntos que chama de Penetráveis, criando situações nas quais o público é parte integrante e indivisível da realização da obra. Oiticica encarna como poucos a ideia de que o artista passa a ser um propositor de situações mais do que um criador de obras fechadas.
A obra de Hélio Oiticica e sua importância para a arte contemporânea tem reconhecimento no mundo todo. Suas obras participaram de exposições no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) e na galeria Tate Modern, em Londres, entre outros espaços importantes.