No início da década de 1970, Ivens Machado cria obras com forte teor conceitual, fazendo mínimas interferências que deslocam as linhas das folhas de cadernos pautados e quadriculados. É premiado em 1973 no 5o Salão de Verão do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), com a instalação Cerimônia em Três Tempos. Em 1974, faz sua primeira exposição individual na Central de Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro.
A partir de meados de 1970, utiliza com frequência materiais industriais em suas obras, especialmente da construção civil, como ferro, concreto e argila. Cria formas brutas com superfícies irregulares que remetem ao acabamento precário da construção rústica, de moradias simples e pobres.
Em outra faceta de sua produção, faz referências ao universo sexual e à sensualidade, trabalhando com formas que aludem ao corpo humano. São esculturas em cimento, com cacos de telhas coloniais em sua superfície. A obra de Ivens Machado pauta-se na reorganização e, até mesmo, subversão dos códigos da escultura convencional - tornando-o um dos principais representantes da sua geração de escultores.