Jac Leirner
São Paulo - São Paulo, 1961
Jac Leirner trabalha com coletas obsessivas de objetos cotidianos, em sua maioria descartáveis, insignificantes e totalmente impessoais. Essa apropriação e reapresentação de objetos comuns em forma de coleções revela um olhar para o refugo, para o acúmulo das sobras cotidianas: uma busca por memórias invisíveis, perdidas no tempo. Algumas de suas séries demoram até quinze anos para serem concluídas.
Em meados da década de 1980, seu trabalho assume um viés mais construtivo, organizando os objetos coletados em grandes composições. Nesta fase, realizou diversos trabalhos com papel-moeda. Em Os Cem (1987) utiliza notas de 100 cruzeiros. As células são furadas, presas em longas tiras, costuradas sobre tecido ou papelão dispostas pelo espaço ou organizadas em caixas, envelopes e pequenos arranjos.
Jac Leirner expôs na 17a e na 20a Bienal Internacional de São Paulo e na Documenta 9 (Kassel, Alemanha). Participou de exposições na Inglaterra, França, EUA e Japão, entre outros países. Em 1991, atuou como artista residente no Walker Art Center, em Minneapolis, nos Estados Unidos e foi professora convidada da Universidade de Oxford, bem como, artista residente no Museu de Arte Moderna da mesma cidade.