Nelson Leirner
São Paulo - São Paulo, 1932 São Paulo - São Paulo, 2020
Já na década de 1960, Nelson Leirner incorpora objetos e produtos industriais em suas produções, criando coleções, assemblages e instalações. Opera com apropriações e transmutações dos objetos, criando uma obra que dialoga com a arte pop, a linguagem publicitária e a crítica social. Em seus trabalhos, frequentemente lança questionamentos sobre o conceito de arte e de beleza.
O artista mostra interesse pela dicotomia da obra de arte como objeto único versus a reprodutibilidade na sociedade de consumo; usa objetos industriais e utiliza conceitos de produção em série e repetição na elaboração de seus trabalhos. Em sua série Homenagem a Fontana (1967), produz uma série de telas de tecido com zíper que se pode abrir e fechar, em referência ao artista argentino e sua famosa obra na qual faz um corte em uma tela monocromática.
O humor é outra característica marcante da obra de Nelson Leirner. Na década de 1990, realiza uma série de trabalhos com objetos kitsch, como anões de jardim, espelhos estampados, bibelôs e lembranças de viagem. Acumula centenas desses objetos em instalações ou assemblages, emoldurados ou sobre pedestais, dando a eles o mesmo tratamento das obras de arte clássicas.
Leirner participou de diversas edições da Bienal Internacional de São Paulo e teve exposições individuais nos principais museus brasileiros.