Sandra Cinto
Santo André - São Paulo, 1968
Os desenhos de Sandra Cinto geralmente têm grandes formatos e encontram-se em suportes incomuns, como madeira. Neles, são frequentes elementos de forte carga simbólica, como escadas, pontes, abismos, candelabros e árvores secas. Entre seus primeiros trabalhos, destaca-se Retábulo: um armário com pinturas de céus e nuvens. A atmosfera contemplativa e fantástica, em afinidade com René Magritte, que caracteriza Retábulo, perpassa pela obra da artista.
Em seus objetos, instalações e assemblages, Sandra Cinto também trabalha com a apropriação de imagens, como fotografias documentais, jornalísticas ou de sua coleção particular, incluindo suas próprias fotos de infância. Essas imagens são combinadas, justapostas e sobrepostas a diversos objetos, criando narrativas abertas, poéticas não-lineares.
Em 1997, Sandra Cinto participou da Feira Internacional de Arte Contemporânea, em Madri. Em 2005, recebeu o prêmio residência da Civitella Foundation, em Umbertide, Itália. Ganhou diversas exposições coletivas e individuais, como o Museu de Arte Modera (MAM) na Oca e Construção em 2006; e A Cor da Água, em 2010. Sua obra está exposta em coleções como a do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, e na Fundação ARCO, na Espanha.