Nas suas primeiras obras, durante a década de 1940, Sacilotto revelou uma forte influência do Avant-Garde europeu. Seus primeiros retratos, naturezas mortas e paisagens, exibem características do impressionismo, com fortes pinceladas e jogos com luz e cores. Sacilotto também incorpora as cores fauvistas de Matisse na abordagem cubista do espaço, desenvolvida por Picasso e Matisse.
Um dos mais significativos expoentes da geração concretista brasileira, Sacilotto dedica-se às pesquisas com abstração e exploração dos elementos visuais puros - linha, cor e forma. Ordena racionalmente os elementos na tela por meio de justaposições, contrastes, repetição de padrões matemáticos, paralelismo, cortes diagonais e princípios de simetria como inversão e espelhamento. Como resultado, surgem efeitos de profundidade, sensações visuais de movimento e pulsação.
Seu processo metódico, matemático e a aproximação com as práticas industriais de produção são referências importantes na arte concreta paulista. Em suas pinturas, relevos e esculturas utiliza materiais como esmalte, madeira compensada, alumínio, latão e ferro. Nomeia todas as suas obras simplesmente como Concreção, seguidas da numeração com ano e sequência de produção.
