Um dos artistas mais importantes da segunda metade do século XX, Jesús-Rafael Soto iniciou sua carreira como pintor de cartazes de cinema em sua cidade. Na década de 1950 residiu em Paris, onde realizou seus primeiros trabalhos cinéticos, expostos na Galerie Denise René. Influenciado pelo trabalho de Duchamp, criou suas primeiras obras de efeito vibratório e a série Esculturas, onde já explora efeitos visuais obtidos com tramas de fios de nylon. Nos anos 60, sua poética evolui para a produção de Penetráveis, instalações nas quais o espectador ingressa e interage com os materiais.
Soto realizou murais no prédio da Unesco em Paris (1970) e no Museu de Arte Moderna de Caracas (1974), integrando sua arte cinética com a arquitetura. Em 1973, o governo venezuelano inaugurou a Fundação Museu de Arte Moderna Jesús Soto, em reconhecimento a sua trajetória e ao seu destaque global na arte. Participou de cinco edições da Bienal Internacional de São Paulo, em 1957, 1959, 1963 (quando foi premiado), 1994 e 1996 – com grande sucesso de público, e da Bienal de Veneza (1958 e 1960). O Museu Guggenheim de Nova York apresentou uma retrospectiva de sua obra em 1974.
Seus trabalhos foram expostos em diversos museus do mundo, entre eles, o Centro Georges Pompidou, Paris (1993); o Kunsthalle, Alemanha (1993); e o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) (1993).