Milton Dacosta desenvolveu sua pintura a partir das propostas e procedimentos da arte moderna, especialmente a partir das vanguardas europeias. O artista morou em Paris, onde conheceu Pablo Picasso e Georges Braque.
Até o final da década de 1940, sua obra mostra a influência dos vanguardistas europeus. Nas paisagens e cenas cotidianas, apresenta pinceladas impressionistas, enfatizando a luz e a cor dos motivos, em busca de resultados vibrantes. Após sua aproximação com os cubistas, passa a tratar o espaço com divisão e sobreposição de planos, com cores terrosas características do movimento.
Na década de 1950, Dacosta passa a explorar a decomposição dos motivos e dos objetos em formas geométricas cada vez mais puras. Sua natureza-morta está repleta de retângulos, círculos, quadrados e triângulos justapostos para formar os objetos. Desenvolve uma abstração geométrica informal, trabalhando com tons mais tênues, por vezes em contraste com cores fortes como o vermelho.
Milton Dacosta é um dos pintores mais influentes da abstração brasileira. Sua obra está presente em diversos acervos no Brasil e em acervos internacionais.