Brecheret é um marco na cena artística paulistana assim como para a própria história da cidade de São Paulo. Além evidentemente do Monumento às Bandeiras (1953), o escultor tem obras espalhadas em diversos espaços públicos e privados da cidade, como a escultura Mise au Tombeau (O Sepultamento), de 1923 no Cemitério da Consolação.
Estudando em Paris na década de 1920, Brecheret é influenciado pelos volumes geométricos do cubismo, pela síntese formal de Constantin Brâncusi e pela ornamentação do Art Déco. Mostra um grande domínio técnico, explorando torções e volumes; obtendo intrincados jogos de luz e sombras em suas figuras. Suas esculturas representam predominantemente figuras humanas e muitas são de temática histórica, mitológica ou alegórica. As personagens são delicadamente trabalhadas, com linhas sinuosas, traços simplificados, geometrizados e ornamentados com precisão e elegância. Sua obra engloba esculturas em granito, mármore, madeira, terracota e bronze. Por vezes explora as características específicas destes materiais, especialmente as texturas das superfícies.
Na década de 1940, explora temas ligados à cultura indígena, como em Drama Marajoara (1951) e Luta dos Índios Kalapalo (1951). Nessas obras, a síntese na forma da figuração chega perto da abstração.
Victor Brecheret foi um dos artistas mais proeminentes de São Paulo. Recebeu muitos pedidos para esculturas públicas e também religiosas. Seu trabalho está nas coleções dos museus mais importantes do Brasil.