Nascida em Cluj Napoca, na atual Romênia, Yolanda Mohalyi forma-se em um ambiente influenciado pelo expressionismo alemão. Nesta época, em sua produção, incorpora a esta influência matizes mais poéticas, com tonalidades sombrias, pinceladas carregadas, tratando de temas sociais numa abordagem melancólica.
A pintora muda-se para o Brasil em 1931 e integra o Grupo 7, com Victor Brecheret, Elisabeth Nobiling, Antonio Gomide, Rino Lev, John Graz e Regina Graz, além de se tornar próxima de Lasar Segall, com quem tem afinidade estética e temática, a figura humana, paisagens urbanas e o interesse por personagens humildes ou desfavorecidos socialmente.
Mohalyi utiliza as cores de forma densa e elaborada, com predominância de tons de ocre, com nuances luminosas. Cria efeitos de transparência característicos da aquarela na pintura a óleo, revelando grande domínio técnico.
A partir de meados da década de 1950, sua pintura tende para a abstração, intensificando a simplificação e geometrização das formas. As obras desse período são compostas pela sobreposição de manchas coloridas que preenchem quase que totalmente a superfície das telas. As tonalidades são geralmente escuras e saturadas, com texturas densas. Trabalha com tintas encorpadas, acrescentando areia e outros materiais.
Sua obra é uma das principais referências da pintura informal no país. Participa de exposições nacionais e internacionais e de quase todas as Bienais Internacionais de São Paulo, entre 1951 e 1967. Recebe o prêmio de melhor pintora nacional na Bienal de 1963 e ganha uma sala especial na edição seguinte. Em 1962 representa o Brasil na 1a Bienal Latino Americana de Arte, na Argentina - tendo alguns de seus trabalhos escolhidos pelo crítico Sir. Herbert Read para uma exposição itinerante nos Estados Unidos.