Eleonore Koch | Almeida & Dale

Eleonore Koch

Berlim - Alemanha, 1926 São Paulo - São Paulo, 2018

A obra de Eleonore Koch, apesar de ter se iniciado ainda em meados do século XX, apenas recentemente tem despertado crescente interesse tanto dentro quanto fora do Brasil. Seu temperamento introspectivo, de certa forma destacada das tendências estéticas e temáticas de seu tempo, torna sua obra única e fascinante. Hoje, sua pintura é amplamente reconhecida por seu caráter evocativo e sua sutil elegância.

Koch nasceu em uma família judaica em Berlin em 1926. Fugindo da perseguição aos judeus, emigrou com sua família para o Brasil, em 1936, quando tinha apenas dez anos de idade. Depois de uma temporada em Paris, onde viveu e estudou pintura entre 1948 e 1950, Koch retornou ao Brasil e passou a frequentar o ateliê de Alfredo Volpi, artista que se tornou fundamental no desenvolvimento de sua carreira, orientando-a ao longo de anos. Em 1966, Koch participou uma exposição em Londres, cidade onde passou a viver a partir de 1968. Os parques da cidade logo se tornaram um dos principais temas de suas pinturas, figurando entre as muitas paisagens realizadas ao longo de sua vida.

Cenas de interior e naturezas-mortas figuram também entre os gêneros preferidos da artista. Em todas as suas obras, Koch dedica profunda atenção ao desenho, à composição e às escolhas cromáticas. Trabalhou majoritariamente com a têmpera ovo, técnica antiga que remonta à pintura renascentista, aspecto que agrega certo anacronismo e singularidade às suas escolhas, em contraste com a pintura de seu tempo. Em sua obra, objetos, pessoas, paisagens e cenas cotidianas são delicadamente retratados e se prestam mais ao meticuloso ofício do pintor do que a retratar a realidade com representações simbólicas ou alegóricas. Neste sentido, Koch se aproxima dos ensinamentos de seu mentor Alfredo Volpi. Sua paleta de cores e os limites precisos entre as tonalidades são, inegavelmente, fruto de seu aprendizado com o pintor.

Eleonore Koch expôs nas edições de 1959 e 1967 da Bienal Internacional de São Paulo, além de ter sido destaque na 34ª edição (2021). Em 1980, participou da exposição Coleção Theon Spanudis, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Voltou a viver no Brasil em 1989. Em 2009, uma seleção de suas obras foi apresentada no Centro Universitário Maria Antonia, na individual Eleonore Koch: mundo ordenado, exposição que propôs reabrir o debate sobre sua produção. Exposições recentes incluem Eleonore Koch: The Essential Painter, Modern Art, Londres (2020) e Eleonore Koch: espaço aberto, Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro (2022). Sua obra integra os acervos do Museu de Arte Contemporânea da USP – MAC USP, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM SP.

Angry Island, 1974

têmpera sobre tela
45,5 x 54 cm

Sem título, 1973

pastel sobre papel
45 x 60,5 cm

Mata-borrão e papel amassado, 1996

têmpera sobre tela
50 x 61 cm

Memorial Gardens I, 1988

têmpera sobre tela
60 x 73 cm

Interior com cadeira branca, 1977

têmpera sobre tela
73,6 x 92,6 cm

Sem título, 1974

têmpera sobre tela
118 x 90,5 cm
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