Iberê Camargo
Restinga Seca, Rio Grande do Sul, 1914 Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1994
As obras de Iberê Camargo transitam pelo gestualismo abstrato, naturezas mortas, paisagens e retratos; carregados de sombra e silêncio.
Entre as décadas de 1960 e 1970, tons escuros e azulados predominam em suas telas. É dessa época a conhecida série Carretéis, objetos usados como brinquedos em sua infância. Inicialmente, Iberê Camargo cria uma série de composições com muitos deles, representando-os de forma figurativa. E gradualmente, dilui a forma dos carretéis, transformando-os em massas de tinta e áreas de cores em direção a uma abstração gestual e também expressiva.
A partir de meados da década de 1980, sua obra tem forte conexão com a linhagem expressionista, uma arte que trata da condição humana. Suas telas priorizam a figura humana, com personagens frequentemente solitárias, vagando por ambientes vazios, de onde surgem as séries Ciclistas; Idiotas e um de seus últimos conjuntos de obras, Tudo te é falso e inútil, de 1992.