Alberto da Veiga Guignard – Sonhos e Sussurros
Curadoria: Denise Mattar
24.09 — 29.11.2014
A rica seleção feita pela curadora Denise Mattar para a Exposição Alberto da Veiga Guignard – Sonhos e Sussurros revelou um olhar que destaca a poética do artista, mostrando que, entre nuances e mudanças, o Guignard dos trabalhos fluídos de 1960 já está contido nas obras de traços vigorosos dos anos 1930, com destaque para as paisagens, flores e retratos, além de obras que contemplam a temática religiosa e da natureza morta.
A exposição tornou possível um olhar geral sobre a carreira de Guignard, ao juntar obras que dificilmente são expostas ao público. Integraram a exposição quadros de coleções particulares importantes, e de instituições renomadas, como Fundação Edson Queiroz e Museu Casa Guignard, além da Coleção Roberto Marinho e da Coleção Gilberto Chateaubriand – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
O Museu Casa Guignard, em Minas Gerais cedeu o imponente quadro Paisagem, de 1947. Com 1,58 m de altura e 2,08 m de largura, a obra foi exposta pela primeira vez em uma galeria. As belezas de Minas Gerais também podem ser vistas em Paisagem de Ouro Preto, de 1962, uma das últimas obras de Guignard.
Representações do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, raras pela extrema qualidade, também estão na mostra, assim como Flores, pintado na década de 1940, e Vaso Com Flores e Maçãs, de 1931, considerados alguns dos mais belos vasos de flores de Guignard.
A seleção de retratos também apresentou obras há muito tempo não expostas, como Família Paisagem de Minas, da década de 1930. Retrato de Semiramis (1942), cuja moldura também foi pintada por Guignard, e Retrato de Menina (1935) também estão na mostra.