Art Basel Miami Beach 2024
04 — 08.12
Estande F3
Almeida & Dale apresenta um século de trabalhos de artistas brasileiros, unidos por um espírito imaginativo comum e por um profundo senso de mistério e estranheza, qualidades que ilustram o envolvimento desses artistas com o Surrealismo e outras vanguardas. Os destaques incluem obras de Ismael Nery, como desenhos feitos entre o final da década de 1920 e o início da década de 1930, imbuídos de ambiguidade sexual, além de uma pintura emblemática de sua prática tardia, em que ele capturava a expressão visceral de corpos humanos em tormento, refletindo seus próprios anos finais passados em um hospital.
Ismael Nery
(1900 - 1934)
Ismael Nery
Visão interna - Agonia, déc. 1930
óleo sobre cartão sobre aglomerado de madeira
71,0 x 48,5 cm
Vista da exposição Ismael Nery: feminino e masculino, Museu de Arte Moderna, São Paulo, 2018. Foto: Romulo Fialdini
Maria Martins
(1894- 1973)
Maria Martins
Comme une liane, c. 1946
bronze e madeira
148 x 61 x 22 cm
Vista da exposição Maria: Esculturas, Museu de Arte Moderna, São Paulo, 1950. Uma versão de Comme une liane ocupa a base central.
Maria Martins
Sem título, 1946
guache sobre papel
56,8 x 75,6 cm
Maria Martins, declarando-se uma escultora “dos trópicos”, frequentemente recorria ao folclore amazônico e à flora e fauna da região. A partir dessas fontes, Martins realizou explorações simbólicas do desejo físico e erótico como uma força indisciplinada, porém produtiva, com a qual ela desafiou radicalmente os códigos morais de sua época.
Alex Červený
(1963)
Alex Červený
Born This Way, 2019-2024
óleo sobre tela
80,5 x 60,0 cm
Alex Červený
Lição de anatomia, 2024
óleo sobre tela
24,4 x 18,0 cm
Alex Červený
O vulcão, 2020
óleo sobre tela
27 x 35 cm
As composições contemporâneas de Alex Červený evocam paisagens renascentistas nas quais as figuras humanas se retorcem e se transmutam, formando narrativas visuais complexas que reimaginam o corpo de maneiras inesperadas. Suas composições dispõem símbolos e referências em justaposições surrealistas, criando um caleidoscópio de encontros imprevistos.
Tunga
(1952 - 2016)
Tunga
Sem título, da série Palindromo Incesto, déc. 1990/2006
ferro, imã, fios de cobre, limalha e cobre
dimensões variáveis
Tunga
Lucido Nigredo XII, 1999
vidro, ímãs, enchimento de ferro
com acrílico e suporte de aço
160,0 x 70,5 x 50,8 cm
Tunga
Fração de luz, 2010
ferro, cordoalha de aço e resina
390 x 110 x 200 cm
Tunga, uma figura-chave na arte contemporânea brasileira, é representado por desenhos e esculturas profundamente simbólicos, consistentes com sua exploração sexualmente carregada de transformações corporais e conceituais.
Tarsila do Amaral
(1886 - 1973)
Tarsila do Amaral
Sem título, 1930
grafite sobre papel
11 x 17 cm
Tarsila do Amaral
Bicho, 1930
grafite sobre papel
18,0 x 25,5 cm
Tarsila do Amaral
Paisagem, 1929
grafite sobre papel
22 x 19 cm
Os desenhos de Tarsila do Amaral, feitos durante sua importante fase Antropofágica, apresentam interpretações mágicas e oníricas de paisagens brasileiras, caracterizadas por formas infladas.
Hélio Melo
(1926 - 2001)
Hélio Melo
O amanhecer no seringal, 1990
nanquim e extrato de folhas sobre cartão
23 x 26 cm
Hélio Melo
Sem título, 1990
nanquim e extrato de folhas sobre cartão
29,5 x 31,4 cm
Hélio Melo
O lago, 1996
nanquim e extrato de folhas sobre cartão
19,5 x 25,0 cm
Hélio Melo
A transformação da seringueira I, 1989
nanquim e extrato de folhas sobre tecido
147 x 141 cm
Hélio Melo
Sem título, 1989
nanquim e extrato de folhas sobre tecido
143 x 138 cm
Outras explorações do mundo natural são trazidas pelas paisagens alegóricas de Hélio Melo e Ivan Campos, cada uma articulando um diálogo urgente com a floresta amazônica. As cenas melancólicas de Melo transmitem uma tensão subjacente, um alerta para a fragilidade ambiental e política, enquanto Campos retrata ecossistemas exuberantes repletos de vida, reimaginando a Amazônia como um ecossistema simultaneamente próspero e ameaçado.
Ivan Campos
(1960)
Ivan Campos
Sem título, 1999
acrílica sobre tela
50 x 80 cm
Ivan Campos
Sem título, c. 2021
acrílica sobre tela
77 x 43 cm
Vista do 38º Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, 2024. Foto: Estúdio em Obra / Cortesia Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Serviço
4 - 8 dezembro
Miami Beach Convention Center
Estande F3