Alfredo Volpi ​ | Almeida & Dale

Alfredo Volpi ​

Lucca - Itália, 1896 São Paulo - São Paulo, 1988

Alfredo Volpi é um dos artistas mais consagrados do Brasil graças à originalidade de sua obra e permanente influência que exerce sobre a pintura moderna e contemporânea no Brasil. Suas obras integram os acervos públicos mais relevantes do país, além de marcar presença em grandes coleções privadas dentro e fora do país, e coleções internacionais como o Museum of Modern Art, em Nova York, e Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madri.

Italiano nascido em Lucca, Volpi muda-se para São Paulo ainda criança com sua família. Realizou sua primeira pintura aos 18 anos de idade, mas apenas a partir da década de 1950 passa a se dedicar integralmente à produção artística. Ao longo desse intervalo, desempenhou diversas atividades profissionais: foi encadernador, carpinteiro, entalhador e pintor de paredes – atividade que levou Volpi a executar diversos trabalhos decorativos em residências da elite paulistana. Participou de uma exposição coletiva pela primeira vez em 1925, e a partir da década de 1930 passa a se integrar cada vez mais a um círculo de artistas que incluía Francisco Rebolo, Bruno Giorgi e Ernesto de Fiori, e participou do Grupo Santa Helena, importante referência do meio artístico paulistano.

Suas primeiras obras consistiam em paisagens e cenas de interior de inclinação naturalista com influências do impressionismo. Produz diversas marinhas no final da década de 1930 que se tornam célebres e sinalizam seu amadurecimento artístico. Entre as décadas de 1940 e 1950, Volpi direcionou seu trabalho para a simplicidade formal que marca seu estilo. Na medida em que desenvolve sua linguagem própria, seu colorido se torna mais puro e a textura de sua pintura mais afinada e sutil. Fez diversas viagens que o marcaram profundamente: Minas Gerais ainda na década de 1940, e Europa em 1950. Passou por Paris, Veneza, e visitou nada menos que dezoito vezes a pequena cidade de Pádua, onde ia ver os afrescos de Giotto. Outras viagens, dessa vez a Minas Gerais e Bahia, na década de 1940, aperfeiçoam seu olhar, levando-o a uma crescente simplificação de sua linguagem. A ampla paleta de cores que o artista obtém trabalhando artesanalmente com a tinta têmpera também é uma característica inconfundível de seu estilo.

Um aguçado senso de construção se manifesta em suas obras realizadas a partir da década de 1950, período em que produz suas obras mais significativas. São dessa época as fachadas de casario que tendem à abstração, onde surgem também as bandeirinhas e composições com mastros, todas realizadas com uma meticulosa construção cromática e predominante uso da têmpera. Embora não se considerasse afiliado ao movimento concreto, participou como convidado das exposições nacionais de arte concreta em 1956 e 1957. Volpi afirmava não se encaixar entre os concretistas pois, enquanto estes estavam em busca da forma, Volpi voltava sua atenção para a cor.

Volpi participou das três primeiras Bienais Internacionais de São Paulo. E, em 1953, ganhou com Di Cavalcanti o prêmio de Melhor Pintor Nacional. Participou de inúmeros Salões de Belas Artes, tanto os de São Paulo como o Nacional do Rio de Janeiro. Expôs na Bienal de Veneza em 1952 e, em 1960, participou da Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa que passou pela Alemanha, Holanda, Portugal, Espanha, Áustria e França. Uma referência incontornável na história da arte no Brasil, Volpi continua despertando renovado interesse entre críticos, curadores, artistas e o público em geral.

Sem título (Composição em azul), c. 1959

têmpera sobre tela
105 x 70 cm

Fachada, década de 60

têmpera sobre tela
108 x 72 cm

Sem título, s.d.

têmpera sobre tela
32,8 x 24 cm

Sem título, década de 70

têmpera sobre tela
101,5 x 67,5 cm

Sem título, c. 1958

têmpera sobre tela
116,8 x 73 cm

Sem título (Bandeira, mastros e velas), década de 70

têmpera sobre tela
67,5 x 136 cm

Sem título, década de 30

óleo sobre cartão
61 x 44,7 cm

Sem título (Fachada), década de 70

têmpera sobre tela
101,9 x 67,9 cm

Sem título (Fachada), final década de 50

têmpera sobre tela
72 x 48,7 cm

Sem título (Ampulhetas), c. 1957

têmpera sobre tela
116 x 57 cm
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