Heitor dos Prazeres
Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, 1898 Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, 1966
Heitor dos Prazeres inicia sua carreira artística como compositor. Desde jovem, convive com músicos como Donga, João da Baiana, Sinhô, Caninha, Pixinguinha e Paulo da Portela que frequentaram a casa de suas tias, Ciata e Esther, no Rio de Janeiro.
Aos 20 anos, já é um cavaquinista conhecido como Mano Heitor do Cavaco e, posteriormente como Mano Heitor do Estácio. Em 1927, vence um concurso de samba com A Tristeza Me Persegue. Na década de 1930 forma o Grupo Carioca e torna-se ritmista da Rádio Nacional e do Cassino da Urca. Suas canções mais populares incluem: Cantar para Não Chorar, com Paulo Portela; Carioca Boêmio e Consideração, composta em parceria com Cartola.
Na segunda metade dos anos 1930, passa a se dedicar também à pintura, tratando sempre de temas relacionados às tradições e à cultura popular brasileira, em especial do Rio de Janeiro. O samba, o carnaval, as paisagens urbanas e a vida cotidiana do capital fluminense são temas frequentes em sua obra, além das referências às tradições e religiões da matriz africana no Brasil. Sua pintura apresenta alguns traços da estética naïf, bem como, um intenso contraste no uso de cores fortes, predominantemente puras.
Em 1951, ganha o terceiro lugar na premiação para artistas nacionais na 1a Bienal Internacional de São Paulo, com o quadro Moenda. Ganha uma sala especial na 2a Bienal Internacional de São Paulo em 1953. Cria cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Em 1999, é realizada uma mostra retrospectiva de seu trabalho no Espaço BNDES e no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), em homenagem ao seu centenário.