No início de sua carreira na década de 1960, Sergio Camargo estabelece um diálogo crítico e atento com as ideias construtivas da década anterior. Em comparação com os princípios concretistas, o Geometrismo na obra de Sergio Camargo se mostra mais empírico e intuitivo; com um ar intimista que contrasta com o racionalismo concreto. Gradativamente, o artista abandona todos os elementos que possam dispersar ou encobrir a questão central de suas esculturas: a forma. Sua obra se concentra em processos concisos e contínuos de exploração e combinação de elementos como cilindros, cubos e retângulos. A partir dos anos 1970, o artista emprega quase que exclusivamente o mármore Carrara em suas produções. O branco predomina, deixando espaço para que o movimento, equilíbrio, ritmo e a tensão em suas esculturas e relevos fiquem em evidência.
Sergio Camargo expôs uma versão de sua escultura Homenagem a Brancusi em relevo em uma sala especial na 33a Bienal de Veneza. Realizou diversas obras para espaços públicos, entre elas: o Muro Estrutural para o Palácio do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; Tríptico para Banco do Brasil de Nova York; coluna Homenagem a Brancusi para Faculdade de Medicina de Bordeaux, França; escultura na Praça da Sé, São Paulo; e monumento para o Parque da Catacumba, Rio de Janeiro.